Saiba mais sobre a Ria Formosa, uma área protegida no sul de Portugal que é um dos locais a visitar durante as suas férias no Algarve
Situada no Algarve, a Ria Formosa é um Parque Natural desde 1987.
É a maior zona húmida do sul de Portugal e tem uma área de cerca de 18.400 hectares. Trata-se de um espectacular sistema de ilhas-barreira com quase 60 km de comprimento composto por 2 penínsulas (Ancão e Cacela) e 5 ilhas-barreira (Barreta também conhecida como Ilha Deserta, Ilha da Culatra, Ilha da Armona, Ilha de Tavira e Ilha de Cabanas) e uma vasta área de sapal.
No Parque Natural da Ria Formosa existem os mais variados habitats, dos quais se destacam as restingas e bancos de areia, os sapais e as salinas, vários cursos de água e lagoas de água doce e salobra, manchas de caniçal, zonas florestais e espaços agrícolas. É um dos tesouros mais preciosos do ecossistema algarvio repleto de vida selvagem por descobrir. Reflectindo a sua importância, a Ria Formosa encontra-se também classificada como Zona Húmida de Importância Internacional (Sítio Ramsar) e integra o Sítio de Importância Comunitária Ria Formosa-Castro Marim e a Zona de Proteção Especial (ZPE) Ria Formosa, da Rede Natura 2000.
A área é particularmente importante para a avifauna, especialmente para as aves aquáticas. Trata-se de uma zona muito importante durante a época de invernada para as aves aquáticas, em particular para as aves limícolas e os patos. É ainda um elo importante na rede de zonas húmida que se estende desde o norte da Europa até à África subsariana, sendo um ponto chave de paragem para as aves aquáticas em movimento entre os dois continentes e acolhe espécies raras em Portugal como a Galinha-sultana ou Caimão que é o símbolo deste parque natural.
A importância desta área não se limita à avifauna. As dunas e as salinas apresentam uma vegetação rica e única, especialmente adaptada a estes ambientes. A laguna é ainda muito importante como zona de maternidade para muitas espécies de peixes que passam seus estágios iniciais de desenvolvimento nas águas pouco profundas desta laguna.
A produção de moluscos bivalves ocupa mais de 1000 ha e é responsável por cerca de 80% das exportações portuguesas de amêijoas.
Uma população residente de 7.500 pessoas dentro dos limites do parque, mas no verão estes números podem triplicar. A população residente está intimamente ligada à Ria Formosa e às actividades humanas aqui praticadas como é o caso da pesca, da piscicultura, a produção de bivalves e a extração de sal.
Classificado como Reserva Natural na década de 70, este estatuto de protecção foi elevado a Parque Natural em 1987 pela necessidade crescente de regulação do turismo e devido ao aumento da pressão urbana, bem como pela necessidade de ordenamento do território envolvente.
Este extraordinário Parque Natural é um dos locais a visitar durante as suas férias no Algarve.